O confinamento de gado é uma prática consolidada na pecuária moderna, permitindo aliar eficiência produtiva ao bem-estar animal. Esse sistema facilita o manejo nutricional e sanitário, otimizando a produção mesmo em áreas com limitações de pastagem.

 

Ao abordar esse tema, observa-se como os avanços em nutrição, genética e infraestrutura vêm transformando o confinamento em uma ferramenta estratégica para atender às demandas por carne e leite de forma sustentável.

 

Entender os fundamentos desse sistema permite ao produtor maximizar o desempenho zootécnico dos animais e aprimorar as condições de conforto e sanidade, pilares essenciais da pecuária tecnificada no Brasil.

 

O que é confinamento de gado?

 

Confinamento de gado é o sistema no qual bovinos são mantidos em áreas delimitadas por tempo determinado, com fornecimento de alimentação balanceada e monitoramento constante. Essa técnica é empregada principalmente para intensificar o ganho de peso ou a produção leiteira, com maior controle sobre consumo, conversão alimentar e condições sanitárias.

 

Ao eliminar a dependência direta de pastagens, o confinamento permite a formulação de dietas ajustadas às exigências nutricionais dos animais. Esse controle é especialmente vantajoso em períodos e regiões nas quais a qualidade e a disponibilidade de forragem são comprometidas, seja pela seca prolongada, pelo excesso de chuvas — que afeta o crescimento e a palatabilidade das gramíneas — ou pelas baixas temperaturas do inverno, que reduzem o valor nutritivo das pastagens tropicais e limitam o pastejo em diversas regiões do país.

 

A estratégia nutricional no confinamento visa maximizar o desempenho produtivo, reduzir o tempo até o abate e garantir uniformidade do lote, com apoio de formulações nutricionais baseadas em exigências científicas e no uso racional de ingredientes concentrados.

 

Além disso, o confinamento viabiliza maior eficiência no uso da terra e facilita a implementação de práticas de biosseguridade, promovendo um ambiente controlado que reduz riscos sanitários e contribui para o desempenho global do rebanho.

 

Como funciona o confinamento de gado em pequena propriedade?

 

Apesar dos desafios estruturais, o confinamento em pequenas propriedades é viável quando há planejamento adequado e uso racional de recursos. O dimensionamento correto das instalações é fundamental para garantir conforto térmico e evitar superlotação, o que minimiza riscos de doenças e reduz o estresse animal.

 

A construção de áreas cobertas para cocho, sombra e acesso à água deve considerar aspectos como ventilação, drenagem e facilidade de limpeza. O bem-estar dos animais está diretamente relacionado à ambiência, sendo recomendável o uso de sombreamento natural ou artificial, além de sistemas simples de resfriamento em regiões de clima quente.

 

O sucesso do confinamento também depende da adoção de um programa adequado para nutrição para bovinos de corte ou nutrição para bovinos de leite, conforme o objetivo produtivo. As dietas devem ser formuladas com base em exigências nutricionais específicas da espécie, idade e categoria zootécnica, preferencialmente com orientação de um zootecnista ou médico-veterinário especializado em nutrição. Estratégias como a utilização de subprodutos agroindustriais regionais podem tornar a alimentação mais econômica e eficiente.

 

Detalhes sobre confinamento de bovinos de corte

 

No confinamento de bovinos de corte, o principal objetivo é promover o ganho de peso em menor tempo, com alta eficiência alimentar. Para isso, são utilizadas dietas concentradas e balanceadas, com suplementações específicas para potencializar o desempenho e otimizar a conversão alimentar, de acordo com as necessidades da categoria animal e as condições de manejo adotadas em cada propriedade.

 

Entre as opções disponíveis no mercado para esse tipo de sistema, destaca-se o CORTEMIG ALTO GRÃO, um concentrado proteico destinado à elaboração de dietas para bovinos de corte confinados em sistema de engorda com baixa ou nenhuma oferta de volumosos, caracterizando o sistema de criação de alto grão. Sua formulação inclui tamponante, alcalinizante e monensina sódica — um promotor de eficiência alimentar que atua na modulação da fermentação ruminal. Além disso, o produto contém vitaminas A, D e E, e microminerais essenciais, contribuindo para melhorar a produção, a saúde e a imunidade dos animais.

 

Para a formulação correta das dietas e a adaptação segura ao sistema de alto grão, recomenda-se entrar em contato com um técnico da Mig-PLUS, que poderá orientar o uso do CORTEMIG ALTO GRÃO conforme as características do rebanho, dos ingredientes disponíveis e dos objetivos produtivos da propriedade.

 

As instalações devem priorizar o manejo funcional e seguro, com corredores adequados, currais bem dimensionados e áreas para descanso seco e limpo. O estresse térmico e os transtornos digestivos são fatores críticos nesse sistema, exigindo manejo criterioso da ambiência e da adaptação à dieta.

 

A ventilação natural adequada, o fornecimento de água de qualidade e a rotina de monitoramento zootécnico permitem alcançar bons índices de uniformidade de carcaça e rendimento de abate, elevando a rentabilidade do confinamento.

 

Detalhes sobre o confinamento de bovinos de leite

 

Embora o confinamento total de vacas leiteiras não seja predominante no Brasil, ele é adotado em regiões com escassez de pastagens ou para viabilizar sistemas de alta produção. Nestes casos, dietas completas (total mixed ration – TMR) são formuladas para atender às exigências nutricionais de vacas em lactação, maximizando a produção e a longevidade produtiva.

 

Entre os produtos disponíveis para esse tipo de sistema, destaca-se o LEITEMIG TOP 23, uma ração de alta energia, com 23% de proteína bruta, destinada a vacas leiteiras em produção. De pronto uso, é indicada para ser fornecida junto a alimentos volumosos, como pastagens, silagens ou fenos. Sua formulação contém tamponante e monensina sódica, aditivos que reduzem o risco de acidose ruminal e otimizam a fermentação ruminal, melhorando a eficiência alimentar e a produção de leite.

 

As instalações devem contemplar conforto térmico, higiene e funcionalidade, com áreas específicas para ordenha, alimentação e descanso. O uso de camas de compostagem, ventiladores e aspersores contribui para reduzir a incidência de distúrbios metabólicos e mastite, promovendo o bem-estar e a produção.

 

A nutrição animal precisa considerar o estágio fisiológico da vaca, priorizando o balanço energético positivo, a saúde ruminal e a qualidade do leite. O acompanhamento zootécnico e veterinário é indispensável para manter a eficiência do sistema e evitar perdas produtivas associadas a problemas reprodutivos ou sanitários.